Leishmaniose, pesquisa direta
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A pesquisa direta do parasita nas lesões é mais usada para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar. De modo geral, as formas amastigotas são mais abundantes na fase inicial da doença, tornando-se raras em lesões antigas (resultados falso-negativos). Exame deve ser realizado antes do início do tratamento, pois parasitas desaparecem logo após instituição da terapêutica antimonial. A pesquisa direta apresenta sensiblidade de 80% nos casos de leishmaniose tegumentar.
Método
- Coloração pelo May-Grunwald/Giemsa
Nível terapêutico ou Valor de Referência
- Negativo
Condição
- Esfregaços de raspado de úlceras (fazer 2 laminas).
Informações necessárias:
- Lavar abundantemente a lesão com solução fisiológica estéril. Esta limpeza deve ser feita para que não haja contaminação do esfregaço por cocos que, normalmente, recobrem a úlcera.
- Secar a lesão com gaze esterilizada e raspar com alça bacteriológica as bordas da lesão tentando, delicadamente, alcançar a região do fundo da úlcera, logo abaixo da borda.
- Esperar a exsudação do plasma e colhê-lo com alça bacteriológica. Fazer no mínimo 4 esfregaços em locais diferentes, usando lâminas limpas e desengorduradas. Deixar os esfregaços secarem ao ar.
OBS:Outro método simples consiste em comprimir a lâmina contra a superfície cruenta da lesão, após remover crostas ou escarificar as lesões não ulceradas, forçando a saída do exsudato onde poderão ser encontrados os parasitos. Esse método dá bons resultados em lesões iniciais sem infecção bacteriana associada.