Chumbo
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Chumbo é um metal pesado facilmente encontrado no ambiente e que pode levar à intoxicação aguda ou crônica pela sua ingestão, inalação ou mesmo contato. Níveis elevados de chumbo causam danos nos sistemas cardiovascular, nervoso, reprodutivo, hematológico e renal. Exposição ocupacional ocorre nas indústrias de petróleo, baterias, tintas, cerâmicas, tubulações, cabos, explosivos e quando da utilização de soldas e estruturas que contêm o chumbo como liga. O chumbo tetraetila, composto orgânico cujo estado físico é líquido, não mais está sendo utilizado como aditivo para gasolina. A determinação de chumbo no sangue total (Pb-S) é o melhor teste para detecção de exposição ao metal. A OMS define que níveis de Pb-S acima de 30mcg/dl denotam exposição significativa. Tendo em vista a possibilidade de contaminação durante a coleta, na presença de resultados elevados, um segundo espécime deve ser avaliado antes que se institua qualquer terapia. São considerados críticos aqueles valores de Pb-S superiores a 70mcg/dl na intoxicação aguda, sendo que na exposição crônica, níveis sangüíneos podem não se correlacionar com a severidade da toxicidade. O chumbo urinário (Pb-U) é considerado um indicador biológico de exposição recente menos exato que o Pb-S em função das flutuações em sua excreção. A portaria NR-7 considera o Pb-U como indicador biológico para as exposições ao chumbo tetraetila (orgânico). A via renal representa o mais importante mecanismo de excreção do chumbo. A urina de 24h deve ser preferida, mas em uma emergência amostra de urina recente é aceita.
Método
- SANGUE: Espectrofotometria de absorção atômica (forno de grafite com corretor Zeeman)<
- URINA: Espectrofotometria de absorção atômica (Forno de Grafite com corretor Zeeman)
Nível terapêutico ou Valor de Referência
- SANGUE: • até 40,0μg/dL (NR-7, 1994, MT/Br)
• IBMP:60,0μg/dL (NR-7, 1994, MT/Br)
- URINA: • até 50,0μg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
• IBMP:100,0μg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
Condição
- SANGUE: - Sangue total (heparina).
- Horário de coleta não é crítico desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias.
- Recomenda-se iniciar a monitorização após 1 mês de exposição
- URINA: - Urina no urina início ou final jornada de trabalho - urina recente - urina 24h).
- Recomenda-se coletar amostra de urina no fim do último dia de jornada da semana.
- Não colher em local de trabalho. Retirar o uniforme, lavar as mãos e a genitália antes de colher.
- Especificar tipo de urina e informar volume total, horário inicial e final da coleta.