Candidíase Vaginal: cuidados diários podem evitar evolução da doença

Para enfrentar os desafios diários com saúde e disposição é necessário fortalecer sempre o nosso sistema imunológico. Assim, o organismo fica protegido contra infecções, inclusive, as vaginais, como a candidíase.

A candidíase é uma infecção por fungos. Entre os sintomas estão coceira intensa na vulva e na vagina e também ardência e inchaço na região. Pode aparecer dor ao urinar ou ardência no ato sexual. Associado a candidíase ainda pode aparecer um corrimento esbranquiçado, sem odor.

“A mulher deve se alimentar bem, em horários regulares e dormir 8 horas diariamente. Se ela mantiver hábitos saudáveis, fortalecerá o seu sistema imunológico, manterá a imunidade alta e a cândida não proliferará”, explica a ginecologista e especialista em reprodução humana, Charbelle Diniz.

A cândida normalmente vive dentro do sistema gastrointestinal, sendo encontrada até no ânus. O caminho até a vagina é curto e fácil, porém ela só se desenvolverá como candidíase se achar alguma brecha na proteção natural que o corpo já oferece.

“Nós temos nossos mecanismos de defesa. No caso da vagina, são as bactérias que vivem lá, o pH e o sistema imunológico que defende a mulher para que não desenvolva a doença com a chegada desses fungos. Quando um desses mecanismos de defesa está irregular, o fungo acha a oportunidade de crescer”, detalha a ginecologista. Com um novo espaço para se proliferar, os sintomas aparecem com facilidade.

A doença não é sexualmente transmissível, apesar do fungo, eventualmente, poder chegar à vagina durante o ato sexual. Isso inclui também o sexo oral.  O local é favorável para o fungo se desenvolver porque é úmido e quente. Se a paciente tem dificuldades para evacuar, acaba aumento a quantidade do fungo em seu organismo e é na hora da limpeza que um dos riscos maiores de contágio do fundo pode acontecer. A ginecologista é clara na orientação. “Após evacuar, não se deve limpar com o papel higiênico no sentido de trás para frente”, reforça.

É difícil alguém que não já tenha o fungo, segundo a médica. Ao menos uma vez na vida, ele pode se manifestar como doença. Paciente diabético ou que usaram recentemente antibióticos, mulheres na menopausa, pessoas que fazem uso continuo de corticoides ou portadores de HIV devem estar alertas porque são mais vulneráveis à infecções.


Para tratar a candidíase o primeiro passo é buscar atendimento profissional.

“O ginecologista é quem consegue fazer o diagnóstico clínico só de olhar a secreção. Às vezes ela pode ser mista: é uma candidíase com algum outro problema. Não é uma condição que é possível comprar um remédio sem uma análise. Por se tratar de um fungo ele pode ser resistente a um remédio ou ter que ser tratado com uma medicação diferente de uma última vez, caso a mulher já tenha tido a infecção”, informa a ginecologista. O Ministério da Saúde não recomenda, em nenhum caso, a automedicação.

Para prevenção da candidíase fica a importante dica da médica: “Se você não dorme bem, leva uma vida estressante, fuma e é sedentária estará favorecendo o aparecimento de infecções, como as de repetição – como é chamada a candidíase no seu corpo”. É importante lembrar que quando se busca ter saúde, adotar medidas simples no dia a dia como fazer uma atividade física, ter uma alimentação equilibrada, evitando alimentos minimamente processados e ultraprocessados, pode ter ganhos que vão além do que costumamos ver e, para a mulher, podem proteger até da candidíase.

Fonte: Blog da Saúde