Arsênico
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Existem compostos de arsênico orgânicos, os quais são atóxicos, e compostos inorgânicos que são responsáveis por intoxicações. O arsênico inorgânico é utilizado em compostos farmacêuticos, na fabricação de cerâmica, vidro, metalurgia, tintas, semicondutores, pesticidas e preservativos de madeira, bem como na mineração e fundição. Exposição não ocupacional ao arsênico inorgânico pode advir de poços de água, leite, grãos e bebidas contaminados pelo metal. Formas atóxicas estão presentes em muitos alimentos, principalmente, em mariscos, crustáceos e peixes. Este fato tem importância na avaliação laboratorial, pois, embora não acarrete dano ao ser humano, o arsênico orgânico pode causar elevações na excreção urinária do arsênico total. Embora a dosagem do arsênico no sangue possa ser realizada, o melhor indicador laboratorial da intoxicação é a sua determinação em urina de 24 horas. Níveis urinários apresentam pico um a dois dias após a exposição. Também considera-se aceitável a determinação do arsênico em urina recente. A legislação atual, através da NR-7, estabelece os valores de referência e o índice biológico máximo permitido (IBMP). Recomenda, ainda, o início da monitorização após 6 meses de exposição e coleta da amostra no início do último dia da jornada semanal.
Método
Espectrofotometria de absorção atômica (Gerador de Hidretos)
Nível terapêutico ou Valor de Referência
• até 10,0μg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
• IBMP: 50,0μg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)
Condição
- Urina (urina início ou final jornada de trabalho - urina recente - urina 24h).
- Não colher em local de trabalho. Retirar o uniforme, lavar as mãos e a genitália antes de colher.
- Durante 3 dias que antecedem o exame, não ingerir frutos do mar.
- Recomenda-se colher o material no início da última jornada semanal de trabalho.